sábado, 26 de julho de 2008

E a paixão se fez fraternidade e habitou entre nós.


Sob a sombra da amizade escondiam-se as palavras,
Diziam o que diziam,
Expressavam o que não expressavam.

Só aquele que as lia,
Nas entrelinhas da exatidão,
Sabia que as palavras diziam
Muito mais que a simples exaltação.

Sob a sombra da amizade reprimiu-se o desejo,
Reduziram-se os gestos e toques
Ao frio formalismo do medo.


Ah! Quantos segredos!
Ah! Aquele maldito falso sossego!
Dissimulou a verdade, esvaziou o ensejo...

Pobre desejo!
Apenas a alma alimentou-se com as palavras...
Ao corpo restou ruminar cordiais toques, pois,
Sob a sombra da amizade reprimiu-se a paixão.

E assim sucederam-se os anos...
Banhados em lágrimas, reminiscências e lamentações...
E assim a paixão se fez fraternidade e habitou entre nós.

2 comentários:

Márcio Correa disse...

wLegal. Você continua com o mesmo estilo, só que, obviamente, melhor. Acho que suas leituras têm exercido uma grande influência em seus novos textos.

Sérgio da Costa disse...

Valeu Márcio!
sabe, estou procurando mudar o estílo, escrevi alguns textos que, em hipótese alguma, vc julgaria ser de minha autoria. Uma hora destas eu lhe mostro.
Fique em paz!